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Dr. Eduardo Ramalho
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Luxação da Patela: Causas, Tratamentos e Reabilitação

Introdução
A luxação da patela é uma condição ortopédica grave e dolorosa, caracterizada pela perda da congruência articular entre a patela e o fêmur. Esta condição pode ser incapacitante, especialmente se evoluir para uma instabilidade recidivante. Neste artigo, discutimos as causas, os sintomas, os tratamentos disponíveis e a reabilitação necessária para pacientes com luxação da patela.

O que é a Luxação da Patela?
A luxação da patela ocorre quando a patela "sai do lugar" e perde sua congruência com a tróclea do fêmur. A patela possui um formato triangular em sua face articular, que se articula com a tróclea do fêmur em forma de V, proporcionando estabilidade à articulação patelofemoral a partir dos 30° de flexão do joelho. A estabilidade desta articulação depende da conformação óssea da tróclea. Pacientes com displasia troclear têm maior probabilidade de luxação recidivante da patela.

Tipos de Luxação da Patela
Aguda e Traumática: Decorrente de uma pancada na região medial da patela.
Aguda e Atraumática: Luxação sem trauma direto.
Recidivante: Mais de dois episódios de luxação.
Habitual: Luxação ocorre em toda flexo-extensão do joelho.
Permanente: Patela permanece fora do lugar.


Quadro Clínico
Pacientes com luxação da patela frequentemente sentem que a patela saiu do lugar e voltou, acompanhada de dor intensa e edema no joelho. Pode haver déficit de força e movimento. Em alguns casos, a patela não retorna espontaneamente, deixando o joelho em flexão com a patela deslocada lateralmente. Este é um quadro extremamente doloroso que requer redução pelo médico, geralmente sob sedação.

Tratamento da Luxação da Patela


Tratamento Inicial
Repouso: Imobilização do joelho por 5 a 14 dias.
Gelo: Aplicação para reduzir o inchaço.
Medicação: Antiinflamatórios, corticoides e analgésicos para alívio dos sintomas.
Após a fase aguda, inicia-se a fisioterapia para redução do edema, analgesia e fortalecimento muscular, focando nos músculos adutores, vasto medial, vasto médio oblíquo e rotadores externos do quadril.

Pacientes com o primeiro episódio de luxação, luxações traumáticas e aqueles acima de 30 anos geralmente respondem bem ao tratamento não cirúrgico.

Tratamento Cirúrgico


Indicado para:
Luxação Aguda com Fratura Osteocondral: Necessidade de cirurgia para abordagem do fragmento e reconstrução do ligamento patelofemoral medial (LPFM).
Pacientes Jovens e Atletas: Melhor resposta ao tratamento cirúrgico no primeiro episódio.
Luxação Recidivante: Mais de dois episódios, risco de novos episódios e agravamento das condições locais.
Displasia Troclear Grave: Tratamento não cirúrgico geralmente ineficaz a longo prazo.
Luxação Habitual e Permanente.


Cirurgias
Reconstrução do LPFM: Uso do tendão do grácil ou semitendíneo para reconstrução do ligamento, fixação com âncoras ósseas na patela e parafuso de interferência no fêmur.
Realinhamento do Aparelho Extensor: Pacientes com desalinhamento (TAGT > 20 mm) necessitam de osteotomia da tuberosidade da tíbia, realizada em conjunto com a reconstrução do LPFM.
Reabilitação Pós-Cirúrgica
Carga Parcial Progressiva: Uso de muletas até adquirir equilíbrio, força e confiança para caminhar sem ajuda, geralmente entre 2 a 6 semanas.
Fisioterapia: Iniciada após 2 semanas, focada no ganho de arco de movimento (ADM) nas primeiras 6 semanas, seguida de fortalecimento muscular progressivo.
Atividades de Baixo Impacto: Liberadas após 3 meses, como natação, hidroginástica e bicicleta, além de fortalecimento na academia.
Retorno ao Esporte: Entre 3 a 6 meses, dependendo da reabilitação estar completa.


A recuperação completa permite o retorno às atividades físicas integrais, com controle adequado de dor e edema, e força muscular equivalente ao membro não operado.O joelho é uma articulação complexa que desempenha um papel crucial na mobilidade humana. Entre suas diversas estruturas, os meniscos são fundamentais para a absorção de impactos e a estabilidade do joelho. Este artigo aborda a anatomia dos meniscos, os tipos de lesões meniscais, seus sintomas e tratamentos disponíveis, tanto conservadores quanto cirúrgicos.

 

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Eduardo Ramalho de Moraes - Doctoralia.com.br

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