Ligamentos colaterais
Os ligamentos colaterais do joelho são responsáreis pela estabilidade em varo e valgo do joelho . O ligamento colateral medial (LCM) é o restritor primário do estresse em valgo e o ligamento colateral lateral é o restritor primário do estresse em varo.
LCM
A lesão isolada do LCM é umas das mais frequentes lesões ligamentares do joelho. Ela geralmente ocorre decorrente de um estresse em valgo do joelho devido a um entorse do joelho que “vira para dentro” ou um trauma direto na região lateral do joelho (parte de fora) ou na região medial do pé (parte de dentro).
Geralmente o paciente apresenta dor e edema na região medial do joelho , sem derrame intrarticular. A dor piora aos esforços e com movimentos de rotação e estresse em valgo do joelho , dependendo do grau da lesão o paciente pode queixar de instabilidade do joelho (“o joelho sai do lugar”).
Diagnostico
O diagnostico e a graduação costuma ser clinico, com uma boa sensibilidade ao exame físico. A confirmação da lesão é confirmada pela ressonância magnética do joelho, oque é importante para verificar o local da lesão , o prognostico e a presença de lesões associadas, como lesão do menisco medial que pode ter sintomas e exame físico semelhantes.
Ao exame físico o paciente apresenta dor, com ou sem abertura medial, ao estresse em valgo, dor a palpação da região medial do joelho, no epicôndilo medial nos casos da lesão proximal, a mais frequente (no fêmur), na interlinha articular no caso da lesão do corpo do tendão e na região proximal da tíbia nos casos de lesão da tíbia.
Tratamento
Nas lesões isoladas do LCM , mesmo nas lesões completas (grau 3), o tratamento não cirugico tem ótimos resultados, o tipo de tratamento vai variar decorrente do grau da lesão.
Grau 1(estiramento do LCM/lesão parcial pequena): ao exame físico o paciente apresenta dor a palpação medial e estresse em valgo doloroso sem abertura medial , ou com abertura até 5 mm, quando comparado com o membro contralateral. O paciente deve realizar repouso das atividades físicas até melhora dos sintomas, oque pode durar entre 1 a 2 semanas, compressas com gelo 3-5 x dia por 20 minutos, com retorno gradual as atividades físicas após melhora dos sintomas realizado através de fisioterapia e treino do gesto esportivo e propriocepção.
Grau 2 (lesão parcial do LCM): ao exame físico o paciente apresenta dor a palpação medial e estresse em valgo doloroso com abertura de 5-10 mm, quando comparado com o membro contralateral. O paciente deve realizar repouso das atividades físicas por um período de 6 semanas, compressas com gelo 3-5 x dia por 20 minutos. O paciente deve usar um imobilizador do joelho 24h/dia por um período de 2 semanas e uso durante atividades de risco por um período de 6 semanas. O tratamento fisioterápico deve ser iniciado com 2 semanas de lesão com treinamento de ganho de amplitude de movimento, propriocepção, fortalecimento e treino do gesto esportivo com retorno gradual aos esportes após 6 semanas
Grau 3(lesão completa do LCM): ao exame físico o paciente apresenta dor a palpação medial e estresse em valgo doloroso com abertura de maior que 10 mm, quando comparado com o membro contralateral. O paciente deve realizar repouso das atividades físicas por um período de 6 semanas, compressas com gelo 3-5 x dia por 20 minutos. O paciente deve usar um imobilizador do joelho 24h/dia por um período de 6 semanas, preferencialmente um imobilizador articulado com ganho progressivo da flexão do joelho (0 -30° por 2 semanas, 0-60° até 4 semanas, 0-90° até 6 semanas). O tratamento fisioterápico deve ser iniciado com 2 semanas de lesão com treinamento de ganho de amplitude de movimento, propriocepção, fortalecimento e treino do gesto esportivo com retorno gradual aos esportes após reavaliação medica da estabilidade do joelho e trofismo muscular.
O tratamento cirúrgico é restrito aos pacientes que tiveram falha do tratamento conservador e ainda apresentam instabilidade após 6 semanas de tratamento ou para pacientes com lesões crônicas com instabilidade medial e pacientes com lesão associada dos ligamentos cruzados com instabilidade grau 2-3 medial.
A cirurgia pode ser feita através da reconstrução do LCM nas lesões crônicas, acima de 3 meses, ou através do reparo do LCM naquelas com lesões associadas onde será necessário a abordagem cirúrgica dos ligamentos cruzados após 6 semanas .
Existem varias técnicas cirúrgicas para reconstrução do LCM e cada uma é empregada de acordo com o tipo de lesão e o tratamento da lesão associada.
O reparo geralmente é feito através de ancoras osseas, retencionamento medial ou reforço sintético.
LCL
A lesão isolada do LCL é menos frequente do que as lesões isoladas do LCM. Ela geralmente ocorre decorrente de um estresse em varo do joelho devido a um entorse do joelho que “vira para fora” ou um trauma direto na região medial do joelho (parte de dentro). Geralmente as lesões do LCL estão associadas a lesão de pelo menos 1 dos cruzados.
Nas lesões isoladas o paciente pode apresentar dor e edema na região lateral do joelho , sem derrame intrarticular. A dor piora aos esforços e com movimentos de rotação e estresse em varo do joelho , dependendo do grau da lesão o paciente pode queixar de instabilidade do joelho (“o joelho sai do lugar”).
Diagnostico
O diagnostico e a graduação costuma ser clinico, com uma boa sensibilidade ao exame físico. A confirmação da lesão é confirmada pela ressonância magnética do joelho, que é importante para verificar o local da lesão, o prognostico e a presença de lesões associadas, que são muito comuns.
Ao exame físico o paciente apresenta dor, com ou sem abertura lateral, ao estresse em varo, dor a palpação da região lateral do joelho, no epicôndilo lateral nos casos da lesão proximal (no fêmur), na interlinha articular no caso da lesão do corpo do tendão e na região proximal da fibula nos casos de lesão da tíbia.
Tratamento
Nas lesões isoladas do LCL , mesmo nas lesões completas (grau 3), o tratamento não cirugico tem ótimos resultados, o tipo de tratamento vai variar decorrente do grau da lesão.
Grau 1(estiramento do LCL/lesão parcial pequena): ao exame físico o paciente apresenta dor a palpação lateral e estresse em varo doloroso sem abertura lateral , ou com abertura até 5 mm, quando comparado com o membro contralateral. O paciente deve realizar repouso das atividades físicas até melhora dos sintomas, oque pode durar entre 1 a 2 semanas, compressas com gelo 3-5 x dia por 20 minutos, com retorno gradual as atividades físicas após melhora dos sintomas realizado através de fisioterapia e treino do gesto esportivo e propriocepção.
Grau 2 (lesão parcial do LCL): ao exame físico o paciente apresenta dor a palpação lateral e estresse em varo doloroso com abertura de 5-10 mm, quando comparado com o membro contralateral. O paciente deve realizar repouso das atividades físicas por um período de 6 semanas, compressas com gelo 3-5 x dia por 20 minutos. O paciente deve usar um imobilizador do joelho 24h/dia por um período de 2 semanas e uso durante atividades de risco por um período de 6 semanas. O tratamento fisioterápico deve ser iniciado com 2 semanas de lesão com treinamento de ganho de amplitude de movimento, propriocepção, fortalecimento e treino do gesto esportivo com retorno gradual aos esportes após 6 semanas
Grau 3(lesão completa do LCL): ao exame físico o paciente apresenta dor a palpação lateral e estresse em varo doloroso com abertura de maior que 10 mm, quando comparado com o membro contralateral. O paciente deve realizar repouso das atividades físicas por um período de 6 semanas, compressas com gelo 3-5 x dia por 20 minutos. O paciente deve usar um imobilizador do joelho 24h/dia por um período de 6 semanas, preferencialmente um imobilizador articulado com ganho progressivo da flexão do joelho (0 -30° por 2 semanas, 0-60° até 4 semanas, 0-90° até 6 semanas). O tratamento fisioterápico deve ser iniciado com 2 semanas de lesão com treinamento de ganho de amplitude de movimento, propriocepção, fortalecimento e treino do gesto esportivo com retorno gradual aos esportes após reavaliação medica da estabilidade do joelho e trofismo muscular.
O tratamento cirúrgico é restrito aos pacientes que tiveram falha do tratamento conservador e ainda apresentam instabilidade após 6 semanas de tratamento ou para pacientes com lesões crônicas com instabilidade lateral ou pacientes com lesão associada dos ligamentos cruzados com instabilidade grau 2-3 medial. Também está indicado o tratamento cirúrgico nas avulsões ligamentares de forma aguda, principalmente na avulsão da cabeça da fíbula, com reinserção da mesma.
Existem varias técnicas cirúrgicas para reconstrução do LCL e cada uma é empregada de acordo com o tipo de lesão e o tratamento da lesão associada.